domingo, 30 de dezembro de 2012

4GB



Ó grande amor
que transcreve minhas palavras em códigos ilegíveis.

Que faz de mim teu escravo
tão escravo que só o fato de te esquecer me provoca repulsa.

Permita-me desfrutar dos teus prazeres
Abençoado pela memória inabalável.

E mesmo que por ventura abalada
Reerguida em pressas serás, ó amada.

Guardas em ti esses versos com milagre
pois só dependo de ti, meu pendrive.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Agradável pilhéria



És como o vento que afla os meus desejos
E a brisa que banha a minha face de vida
Dedicando-me inteiramente a ti percebi que pude ser feliz.

Fortuitamente podes me importunar, mas nunca deixarei de pensar em ti
Renovando-se em meu ser
Pois só assim poderei ser eu mesmo.

Agradeço-lhe, por sua egrégia existência
E que possas compor ainda mais meu vocabulário
Tornando-se motivos de grandes amizades.

Por isso peço-te, piada, nunca esqueça que por mim fostes pronunciada.

domingo, 25 de novembro de 2012

Um amor perdido



Já não sei mais onde estou
Segui seus passos, mas nada adiantou
Você sempre está me guiando
Então por que não me mostra logo o caminho
Queria poder confiar em você
Acreditar que ainda sente algo por mim
Mas quanto mais lhe peço explicações
Menos você me mostra o que realmente quero.

Sou seu escravo
Nada faço sem ti
Morro para salvar
Aquela que deveria me amar
Mas nem sempre é assim
Apesar do belo começo
Sempre há um triste fim.

Contradições atacam meu ser
É isso o que você quer?
Se for o que você quer
É o que eu quero também

Só não vá me culpar se nada der certo.

Se nada der certo
Permita-se apenas sonhar
E eu garanto que lhe trago
Aquilo que mais deseja encontrar
Mesmo que meu amor por você não seja infinito
Mesmo que acabe, serei sempre seu amigo.

domingo, 18 de novembro de 2012

No que posso acreditar?




Olá sociedade
O que mudou em você
Nunca mais me trouxe aquela coisa
Coisa que já havia esquecido
Manchastes o meu nome com suas propagandas
E morremos com seu consumo
Consumo esse gerado por nós.

Já não sei
Com tanta destruição e motivação
A guerra se consome em cada homem
Por viver assim, acabo por crer somente em mim
Gerando novamente a individualidade.

Será que avançamos tanto para chegar a esse ponto
Fico pensando por que tudo mudou
Mas no final sempre voltamos ao de sempre
E sempre que pensamos em melhorar.

A ganância nós domina e nos faz escravos
Adormecidos ficamos dentre essas lutas
E de tão supérfluas desprezamos o outro
Mas um dia irei mudar
Antes que tudo, volte a ser como antes.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Será que ainda é tempo?



Tempo, quanto tempo falta
Pra voltar no tempo
Tempo aquele
Em que de tempos em tempos
Tínhamos tempo pra tudo
Tempo de sair, tempo de brincar
Tempo de sorrir, tempo de sonhar

Tão previsível que chega a ser cansativo
Ler sobre o tempo
E de tanto repetir
Da pra imaginar o tempo que perdi
Mas me alegro ao saber
Que tive tempo

Não sabes como é duro depender do tempo
E quando passa o tempo
Não percebemos quanto tempo passou
E ficamos sempre presos ao mesmo tempo
Tempo esse que as vezes esqueço
Que foi meu tempo

E esse tempo que não chega
Apesar de lúdico, ainda é tempo
Como aquele tempo
Em que perdia tempo
Por não saber, o que era o tempo

Volto a questionar o tempo
Que me deu um tempo
Pra falar do tempo
Tempo de ser como o tempo
Tempo de se viver.