sábado, 26 de janeiro de 2013

Chão




          I
Ando, adais, andai-vos andarilho
Vapores emergem do chão, arfados
Sonolenta mente a fim delírio
Neblina maneia ó branco, alvo

Salmo batente no limbo meu
Ministra a santa que me inspira ao medo
Formas nuvens que padece o eu
Andando em brilho falsa lhe vejo

Ao pecado entrego-me fraco
E fatigado andarilho segue...
A trágico fim, vulto carnado padece a mim.

Adiante dia deito em delírio
Diante do deus dormi dolente
Domado derramo dores dementes    

                           II
Noite beira o filho da vida
Como é frio o chão que convém
Adormece o corpo
Que o doce luar monótono tem

Dia brilha léguas e léguas
Inferno se faz
Galhos rasteiam, INCRÍVEL, ÉGUAS
Estagnado, sorri em paz

Não há diferença mais indiferente
Em grupo afinando meu olhar fadado
Aprontando minhas vestes ao sol poente

Foi minha salvação senhora
Que atende minhas preces
De modo qual povoamos aurora

                      III
Acabou, peco outra vez
Guiando cavalos ao som de gados
Saldo o findável, em vossa mudez

Diante da cova vi um espirito
Era meu corpo
Ao som do delírio.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Sonho



Tam, tam, tam
Tum, tum, tam
Tam, tam, tam
Tum, tum, tam

Vai! Corre! Me salva, foge!
Pula, mata, tá ali
volta pra mata, foge
Corre, pula, faz a curva.

Pensei que era você
Cadê? Que foi?
Volta pra lá
Mentira, seu boi!

Assim ele volta
Volta, pula, pula
Volta, volta, Pula
Foge me salva

A munição acabou
O que você fez?
Manda ele lá
Quantas ele traz?

Adeus? Bebeu?
Agora acabou
Meu sangue ferve
Acorda vovô!!!